Recentemente, parei a meio do caminho para respirar e senti que não bastava escrever livros, precisava de criar outras proximidades e laços, fazer diferente. Muitas pesquisas, trocas de impressões com quem por aqui anda a passos largos e reflexões fizeram parte destes dias mais introvertidos. Depois deste tempo, decidi conceber esta casa – a minha Casa na Lua-, onde moram as palavras também elas cheias de sonhos, de sentidos, de pessoas.
No dia em que finalmente decidi avançar com este projeto, resolvi espreguiçar as ideias. De entre as múltiplas que surgiram, esta foi, sem dúvida, aquela que dentro de mim rimou.
Apesar de andar com os pés assentes na terra, tenho uma casa na Lua, onde me refugio tantas e tantas vezes e assim me sinto inteira. É neste escaninho que vou costurando e bordando palavras, grandes ou pequenas, e através de muitos fios de memórias, guardados nas gavetas daquele sótão mistério, falo com elas e brincamos como brinca uma criança porque só assim elas vivem.
É verdade que estes momentos são mais solitários das vozes e dos risos exteriores, mas estes silêncios permitem-me estar em permanente diálogo com os meus pensamentos e com as palavras e não consigo sentir a solidão na verdadeira essência da palavra. Considero estes como momentos de encontro.
Chegou a momento de partilhar esta casa convosco, de deixar que as palavras voem mais alto, de criar de outro modo esta forma de estar e de amar através das palavras.
Mas antes que o dia desta receção chegue, foi necessário preparar todos os pormenores (as cores e os elementos associados).
Pintei a casa com as cores da energia e da alegria e dentro dela, nos elementos decorativos fiz uma seleção daqueles que ressoam a tranquilidade, a esperança, a luz, a mistério, a ternura, a estabilidade e a elegância.
Nesta seleção de elementos decorativos tornou-se importante que transmitissem força e crescimento pessoal porque considero que é assim que o caminho se deve pautar, dando lugar a que as raizes sejam firmes e permitam nutrir-me para crescer.
Uma casa na Lua, como aquela que concebi, guarda dentro de si o sonho, o conhecimento progressivo, o crescimento, a fantasia, o pensamento e a renovação.
Gostava de receber na minha casa leitores de todas as idades, mas, naturalmente, pensei de modo especial nos mais novos porque acredito que são aqueles que mais se identificam com ela.
Este site/blogue é um escaninho de conceção, de comunicação, de partilhas variadas, uma forma de nos aproximarmos neste tempo sem tempo para estar no tempo.
Sintam-se em casa!
Elisabete Brito
Uma casa na lua
Olá, convido-te para a minha Casa na Lua!
Elisabete Brito é doutorada em Sociologia, Mestre em Educação e Bibliotecas e licenciada em Literaturas Modernas. Na escrita mora a sua forma de ser, de ler e de estar, entranhada em tudo o que faz. Com as palavras pinta o mundo, costura os sentidos, reinventa os dias e, acima de tudo, brinca. Gosta dos abraços do mar, do charme das flores e dos segredos que guardam as noites estreladas, de andar com a cabeça nas nuvens e dos mistérios cheios de poesia.
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